segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Seguidores da mestra

Hoje, quando acordei, estava fazendo hora para ir ao médico e comecei a ler uns tópicos de uma comunidade que o povo da sala criou para falar de uma grande professora que tivemos na universidade.
Marise Morbach é daquele tipo que, quando começa a falar, você incrivelmente tem vontade de estudar. Ela é muito simples, tem um humor sarcástico e é a pessoa mais inteligente que já conheci na vida. Pegava uns textos da Hanna Arendt e Habermas e dava explicações sensacionais. Sinceramente, não existe professora como ela. Pelo menos eu não conheço alguém que se iguale. É uma grande mulher.

Aí vão algumas frases by Marise Morbach:

“Se você tirar os óculos da cabeça, talvez o tico dê a mão ao teco e eles façam uma sinapse para que eu tenha uma resposta sua”
“É, meninas, vcs se casaram num ato de extrema burrice”
“...E você, fulana, continua a mesma ou resolveu estudar?”

É...a vida de vagabundagem também é dura.”
“Vamos iniciar logo a aula antes que vocês tenham uma síndrome de down.”
“Vcs estão muito novos para ficarem estressados! Eu, na idade de vcs, tinha muitos namorados...”
“Minha cara, viver o contraditório é inevitável”
“Agora você só quer saber de telefonia móvel e fixa, não é? Nada de ler os textos do Habermas...Pare de trabalhar! Trabalho não leva a lugar algum!”
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“M: Fulano, vc leu o texto?

F: Não!

M: Sua sinceridade me enoja!”
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“A garota se retira da aula...

M: Aonde vc vai?

A: Lá fora...estou com soluço!

M: Seu soluço é discretíssimo! Não ouvi nenhuma vez!”
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A: Boa tarde professora!

M: É incrível como vocês são, chegam atrasados e ainda vêm sorrindo.
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A: Marise, eu preciso falar contigo!

M: Se for pedir dinheiro ou orientação pra TCC, eu estou passando, meu caro!
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“Quando a Marise me chamava de canto pra reclamar das minhas faltas, confesso que o meu sangue gelava.
Uma vez ela disse: Fulana, minha cara, tome jeito, porque se continuar assim eu temo que seu futuro seja decrépito”
SSS
“Uma vez ela me perguntou aonde eu tinha pegado sol e eu respondi:
- Em Londres!
M: Ah é? Em que lugar de Londres? (participando da minha ironia)
Eu respondi: Eu tenho um puxadinho lá...
M: Ah, como eu queria ter um puxadinho em Londres ou em qualquer outro lugar fora daqui deste inferno!”
SSS
“Marise sendo sarcástica com o erro da nossa professora de arte:
M: Hoje começaremos a aula 3 bilhões de anos antes de Cristo, pois sabe-se que foi esse o exato tempo que o Egito foi criado.”
SSS
“Fulano: Marise, sabe como é, como estamos começando (um jornal) e gostamos demais da senhora, queríamos convidá-la para escrever o editorial da nossa primeira edição. Aceite isso como um convite.
E ela, em alto e bom tom, no meio da sala de aula, respondeu:
M: Jamais Matheus, jamais.”
SSS
*Frases retiradas da comunidade “Seguidores da Mestra Morbach”

sábado, 1 de dezembro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Copiando...

'No lixo e no cinema,
o importante é
reciclar!'

LLL
Nosso entrevistado deste domingo é Ronaldo Passarinho Filho, jornalista, documentarista e apaixonado por cinema. Até hoje agradece a Pedro Veriano e ao saudoso Alexandrino Moreira a oportunidade que lhe deram de mergulhar nos clássicos da Sétima Arte. Como diretor, esteve à frente da série 'Lenda Amazônicas', de 1998, e do documentário 'Da Paz – o Theatro da Amazônia', de 2004. Como crítico, assina a coluna Zoom, em O LIBERAL, e o Blog de Cinema do Portal ORM, além de ser redator da Revista Cinética. A seguir, confira o que Ronaldo pensa sobre o cinema nacional, incentivos fiscais, pirataria entre outros assuntos.
LLL
Por Iva Muniz
Fotos Marcos Morteira
LLL
LLL
LLL
Troppo - Como surgiu a paixão por cinema?
LL
Ronaldo - Minha mãe sempre me levava ao cinema quando eu era criança. E não só para filmes infantis. Lembro de ter visto com ela 'Branca de Neve e os Sete Anões', mas também 'A Felicidade Não Se Compra', entre muitos outros. Mas quero destacar duas pessoas que me permitiram ter essa formação: Pedro Veriano e Alexandrino Moreira, falecido recentemente. Graças ao empenho cineclubista do Pedro pude conhecer ainda garoto filmes de Griffith, Murnau e Stroheim. E nos Cinemas I e II, do Alexandrino, pude acompanhar Hitchcock, Glauber Rocha, Bergman, Fassbinder e Fellini. Tive a sorte de crescer na época em que Pedro e Alexandrino fizeram de Belém um paraíso da cinefilia.
LLL
LLL
Troppo - Por que você foi morar no Rio de Janeiro?
LLL
Ronaldo - Morar no Rio me permite ter acesso a filmes que não chegam a Belém. Não apenas em mostras e festivais, mas nos circuitos comercial e alternativo. Com o fim do grupo Cinearte, ficou difícil ver bom cinema em tela grande na ‘Terra do Moviecom’. Belém tem uma locadora de altíssimo nível, a Fox, com uma seleção imbatível de clássicos. Mas até quando? O futuro não é muito promissor para as locadoras. O melhor amigo do cinéfilo em Belém é mesmo o PC. Só baixando filmes pela internet o cinéfilo paraense pode se manter antenado com o que há de bom no cinema hoje.
LLL
LLL
Troppo - Mas Belém não tem novos adoradores de cinema?
LLL
Ronaldo - Ainda bem que há uma nova geração que tenta dar continuidade ao trabalho do Pedro Veriano. Adolfo Gomes, quando morava em Belém (hoje em Salvador) organizou várias mostras de clássicos. Os estudantes do Cefet (antiga Escola Técnica) bolaram o ‘Transformação’ e trouxeram filmes de Takashi Miike e Kyioshi Kurosawa. Aerton e Fábia Martins andam organizando sessões malditas no Líbero Luxardo, com exibições de obras-primas como 'Mórbida Curiosidade' e 'Prelúdio para Matar'. Felipe Cruz, Mateus Moura e Miguel Haoni criaram o Cine UEPA, espaço onde podem exibir e debater filmes importantes, como 'Magnólia'.
LLL
LLL
Troppo - A fase do cinema brasileiro hoje é boa ou ruim?
LLL
Ronaldo - Gasta-se muito dinheiro no Brasil com um punhado de 'filmes de prestígio' que ninguém quer nem vai ver. Falta por aqui uma produção consistente de filmes de gênero. Não falo de comédias como 'Se Eu Fosse Você' nem de melodramas como 'Olga', que têm seu espaço, mas de filmes policiais, de ação, de horror. E não precisamos macaquear a sintaxe dos blockbusters hollywoodianos. As convenções do filme de gênero são universais. A Argentina, por exemplo, produz bons filmes policiais. Não por acaso, duas das maiores bilheterias dos últimos anos foram de filmes de gângster: 'Cidade de Deus' e 'Tropa de Elite'. E o primeiro foi quase todo bancado pela produtora de Fernando Meirelles.
LLL
LLL
Troppo - O governo federal continua devendo maior incentivo?
LLL
Ronaldo - Não adianta aumentar o incentivo fiscal. Não faríamos mais filmes. Faríamos filmes mais caros, só isso. Quem pode ajudar são os milionários filantropos que não precisem recorrer às leis de incentivo e que escapem, assim, do dirigismo cultural que privilegia filmes com assuntos 'socialmente relevantes'.
LLL
LLL
Troppo - Qual a sua avaliação sobre 'Tropa de Elite' e como você percebeu a reação do público ao filme?SSS
LLL
Ronaldo - 'Tropa de Elite' é, antes de tudo, um bom filme de gênero. É claro que somente a habilidade de José Padilha na condução das cenas de ação, não explica o fenômeno de vendas de cópias piratas. Mas é um exemplo de filme que trata de assuntos 'socialmente relevantes' respeitando convenções de gênero e deve a isso muito de seu sucesso. É o oposto de um 'Araguaya – A Conspiração do Silêncio', que tenta catequizar o espectador sem se dar ao trabalho de seduzi-lo, e não por uma opção brechtiana de distanciamento, mas por incompetência.
LLL
LLL
Troppo - A pirataria é um problema sem solução?
LLL
Ronaldo - A pirataria é um problema para quem? Para quem não tem dinheiro para ir ao cinema, a pirataria não é um problema, é uma solução. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso a tantos filmes quanto hoje, graças à pirataria. E não há pirataria, há piratarias. A lei põe no mesmo saco o cinéfilo que baixa filmes pela internet para ver em casa, o mafioso que copia filmes em grande quantidade para vendas, o camelô que vende essas cópias e o sujeito que compra essas cópias porque não tem dinheiro para levar a família ao cinema. Ou prendem todo mundo ou usam a cabeça e mudam as leis. Felizmente, Gilberto Gil vem propondo alternativas para nossa antiquada Lei de Direito Autoral.
LLL
LLL
Troppo - Incomoda ir ao cinema e ver somente artistas globais no filme?
LLL
Ronaldo - Não. O 'star system' ajuda a vender filmes. Nos Estados Unidos, celebridades do cinema dão peso a séries de televisão. No Brasil acontece o contrário. E não vejo nada de errado nisso.
LLL
LLL
Troppo - Apesar de o Pará ter muito sobre o que falar, o cinema paraense ainda não se faz presente para contar essas histórias. Por quê?
LLL
Ronaldo - Por que não há longas-metragens sendo produzidos no Piauí, por piauienses, ou no Acre, por acreanos, mas há no Ceará, por cearenses, e em Pernambuco, por pernambucanos? Não sei...
LLL
LLL
Troppo - Quais os filmes que você indica para os mais jovens?
LLL
Ronaldo - Filmes mudos. Voltem ao começo. Descubram que tudo o que está sendo feito hoje já foi feito nos primórdios do cinema. A busca por originalidade a qualquer preço é um beco sem saída. Câmera na mão? Abel Gance já usava em 1927. Até arremessava câmeras pelo ar. No lixo e no cinema, o importante é reciclar.
LLL
LLL
Troppo – Você tem algum trabalho em fase de produção ou realização?
LLL
Ronaldo - Estou escrevendo o roteiro de uma história em quadrinhos em parceria com meu amigo Bené Nascimento, internacionalmente conhecido como Joe Bennett, um grande talento paraense que ainda é, infelizmente, pouco reconhecido na terrinha.
LLL
LLL
Troppo - Qual a sua dica para quem quer seguir a carreira de cineasta?
LLL
Ronaldo - Ganhar na Mega Sena e produzir seu próprio filme.
LL
Fonte: jornal O Liberal, em 25.11.07

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Para bom entendedor...


Rua Nascimento Silva cento e sete
Você ensinando pra Elizeth
As canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz
Ah! Que saudade
Ipanema era só felicidade
Era como se o amor
Doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria
Esse rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E além disso se via da janela
Um cantinho do céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amoooooooor...
SSS
(Carta ao Tom 74, Vinicius de Moraes e Toquinho)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Já tô com saudade...=/

Meu golden retriever fotografado pelo meu maridão (Floripa).
SSSSS
Minha mãe está chegando amanhã. Então, sei que não vou ter como atualizar até, pelo menos, o dia 7 de setembro, quando ela volta a Belém. Talvez passe ainda mais tempo longe do blog, mas isso depende de fatores externos. Hoje, assistindo tv, vi a propaganda do Itaú Personnalité (não se decepcionem) e me apaixonei pelo texto que acabei transcrevendo abaixo para vocês. Dedico principalmente as minhas amigas blogueiras, Aninha e Cinderela, e a minha poetisa Ale Leite.
Ah, tô casada.
SSS
Saudade do blog (e da Internet como um todo)!
SSSS
Lá vai o texto:
SSS
"Inspiração é aquilo que te acorda de madrugada.
É uma folha de papel em branco.
É o que transforma noites em claro em dias de sol.
Mas a inspiração é caprichosa.
Só aparece quando quer.
Por isso, quando ela tocar, responda.
Porque ela não costuma chamar duas vezes.
O que inspira você?"

domingo, 19 de agosto de 2007

Ainda prefiro os anti-heróis

Apesar de ter como um dos objetos da monografia o típico herói Superman, confesso que prefiro os anti-heróis, sempre mais simpáticos, divertidos e humanos.
Por Tutatis! Obelix é um dos meus favoritos. Uma criança gigante que não pensa em outra coisa que não seja javali assado. A gente lê os quadrinhos e fica escutando aquela voz meio grossa e abafada que todo gordinho tem. Nada mais fofo quando ele fica triste por não poder tomar a poção mágica do druida Panoramix, já que caiu no caldeirão quando era pequeno. O tamanho desproporcional do Ideafix, cãozinho de estimação minúsculo que ele tanto ama, é outra demonstração desse lado infantil e patético da personagem. É quase o mesmo motivo que me leva a gostar de cachorros e crianças: as atitudes idiotas de ambos.
Outro que adoro é o Homer Simpson com aquela vida de cerveja, televisão, preguiça e uma inteligência digamos que...quase nula. Filosofias e críticas sociais à parte, acredito que todos desejariam passar o resto dos dias fazendo só o que têm vontade, sem ver os dias sendo engolidos pelo mercado, sem prazos e podendo acordar sabe deus que horas todas as manhãs (ou tardes).
Mas NADA substitui o Sawyer! Além de m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-m-e-n-t-e-b-e-l-o, não se mete nas fofocas da ilha de Lost, não pertence ao grupinho do ‘vamos salvar o mundo’ (aliás, não pertence a nenhum grupo), é irônico, engraçado, passa o dia lendo na dele, ama a Kate, diferente dos anti-heróis anteriores ele é inteligente e, o melhor de tudo, tem atitude! Jack é o cara que compra a passagem e faz a reserva do hotel, mas desiste do embarque um dia antes. Sawyer, sempre liso, já teria chegado a pé, com um livro na mão e aquele sorriso que só ele tem. Tudo pra não decepcionar sua amada Kate.
Viu como eles são os melhores? Qual salvador do mundo usaria frases do tipo: “nunca diga alguma coisa, a não ser quando tiver certeza que todo mundo pensa o mesmo” e “sabe, o casamento é como um caixão. E cada filho é mais um prego”? Só o Homer pra alegrar meus dias nublados. Quanto ao Jack, bom, ainda tem gente que vem me dizer que ele é o típico pegador. Só posso falar dos episódios que vi. E, por esses, tenho certeza que, PELO MENOS DIANTE DA KATE, as atitudes reticentes ainda vão durar muito tempo. Ai, Deus! Vou ter que pedir para o Panoramix fazer a poção da atitude...Por Tutatis!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Como um ciclo: narrativas que se repetem (Parte I)

Tristemente influenciada por um professor freudiano libertino, peguei um livro do Marquês de Sade sob promessas de encontrar um grande escritor. A idéia era postar algo sobre isso. Mas farei minhas as palavras da escritora norte-americana Dorothy Parker sobre alguma literatura tão terrível quanto a de Sade: “este não é um livro para ser deixado de lado. É para ser jogado longe, com força”. Então, resolvi mudar o assunto. Como estou na fase do pré-projeto da monografia, vou falar sobre o que tenho lido para o ponto de partida do trabalho, uma forma de pensar no que devo entregar e apresentar amanhã.
Minha intenção é abordar o mito grego no cinema, tendo como problemática o porquê da persistência de certas histórias na humanidade. Para isso, escolhi as narrativas cinematográficas por serem atuais, acessíveis à pesquisa e sobretudo atraentes, além de que eu posso fazer uma infinidade de analogias com os temas mitológicos.
Já é fato comprovado pela psicologia que certos sonhos, mesmo de alguém que nunca ouviu, leu ou soube de qualquer história de mitologia ou algo parecido, possuem a estrutura e a essência exata dos nossos mitos antigos, obviamente adaptados à vida de quem sonha. Tanto que é imprescindível para os psicanalistas o estudo mitológico, uma vez que, de posse desse conhecimento, terão meios para compreender as mensagens do inconsciente e, dessa forma, tratar do paciente.
Um caso que ilustra essas narrativas que parecem tão inerentes à natureza humana foi contada pelo psiquiatra suíço Carl Gurtav Jung. Na clínica onde trabalhava, tinha um esquizofrênico que sempre chamava os médicos para olharem o Sol e dizia que deveriam mover a cabeça de um lado a outro, pois, assim, veriam uma calda que pendia do Sol e se balançava para frente e para trás. Isso, falava ele, era a origem do vento.
Tempos depois, lendo uma liturgia mitraica, o que Jung encontrou? Os iniciados dessa religião viam um tubo pendular que descia do Sol e fazia surgir o vento.
Dois anos depois da morte do psiquiatra, saiu um artigo no jornal The New York Times, de 11 de novembro de 1963, p. 33, noticiando que astrofísicos observaram por dois dias uma espécie de rabo pendurado no Sol e que isso teria qualquer relação com o vento.
O que tem a ver com minha monografia? Histórias que se repetem! Uma natureza estranha e transcendental que leva nossos inconscientes para um mesmo ponto de respostas ou seríamos seres sem grande criatividade para inventar novas narrativas?
São meus objetos de análise: O Labirinto do Fauno (um ser acumulador de benefício geral que é destruidor e enlouquecedor, mas, ao mesmo tempo, benigno e constitui o princípio vivificador do mundo. No estilo da tragédia grega, a morte prevalece, mas para dar vida eterna e a garota é o herói redentor), Sete Espadas (Vênus possui um cinto mágico com as 7 armas da sedução feminina, Níobe tem 14 filhos sendo 7 homens e 7 mulheres, são 7 os tubos da flauta de Pã, são 7 as cordas da lira de Apolo, Íris tem 7 véus, são 7 moças e 7 rapazes que o monstro Minotauro exige anualmente como sacrifício e assim vai...) e Superman – O Retorno (alguma semelhança com Zeus, Apolo, Aquiles, Minerva, Hércules, Mercúrio?).
Propositalmente peguei produções recentes e de países distintos para que eu possa defender, através da análise de conteúdo, tanto a atemporalidade como a universalidade de histórias que foram contadas nos mitos e se repetem mais uma vez nas modernas produções cinematográficas. Sem contar que os três tiveram grande receptividade na época do lançamento, como comprova os 14 prêmios do Labirinto, entre eles, 3 Oscars; Sete Espadas abriu festivais de cinema como o de Veneza, em 2005; e Superman recebeu uma indicação ao Oscar de Melhores Efeitos Especiais e outra no BAFTA na mesma categoria.
E, reparem: todos têm o mocinho que leva uma vida normal, é chamado à aventura, encontra amigos e rivais e nãnãnã nãnãnã, até que, finalmente, sai desse mundo com os ensinamentos adquiridos durante a trama.
Pense em Old Boy, Matrix, Amelie Poulain, até comédias românticas (o encontro com aquela pessoa é o novo mundo das aventuras) ou quase qualquer filme que você quiser.
Mas mesmo com tantas recontagens continuamos indo ao cinema, chorando, nos apaixonando e nos libertando com tudo o que já vimos antes. Mas, particularmente, acho que nesses casos não importa o que, mas como.
E pronto! Aqui está parte do roteiro do meu filme. Só terei que ocultar devaneios do tipo “a natureza transcendental”, senão cancelam meu projeto de novo.
LLLL
(continua)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Crítica e ruptura com os ratos destrutivos


Fragmentos. Consumo. Ironia. Desejo. Marca. Mercado. Manipulação. Efemeridade. Palavras que compõem o universo criado no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, na instalação Revolver, de 8 de maio a 5 de agosto de 2007, que trás a reconstituição de roupas produzidas para um desfile do São Paulo Fashion Week, em 2004. São peças de papel vegetal que foram destruídas pelas próprias modelos na passarela, uma criação inovadora (e cheia de conceitos) do estilista Jum Nakao, formado em artes plásticas; do cenógrafo Julio Dojcsar, especializado em intervenções urbanas; e do cineasta Kiko Araújo. Elaborada especialmente para o espaço do museu, a mostra conduz por um caminho de idéias cuidadosamente articulado para estimular o pensamento crítico dos visitantes.
Tudo começa com uma simulação de três fotografias gigantes, em preto e branco, de bonecas com cabelos que lembram o brinquedo playmobil e vestidas com roupas de papel vegetal idênticas às utilizadas no SPFW. Passamos, então, por um simulacro de imagens de modelos usando as mesmas peças das bonecas anteriores, com o mesmo cabelo de plástico, ares robóticos e a mesma maquiagem branca com boca e olhos negros. Depois somos conduzidos para as fotos dos bastidores da produção e, como final e começo, chegamos ao popular “olho de Niemeyer”, o último andar do museu que tem a forma de um olho gigante.
Neste espaço, estão manequins de loja com algumas roupas da coleção, dispostas numa vitrine com dezenas de palavras que ajudam na definição do conceito de toda aquela obra. Também fazem parte do ambiente algumas prateleiras que lembram supermercados. É a única parte colorida da instalação. São 800 frascos transparentes de plástico e cheios de líquidos de cores intensas que variam entre amarelo, azul, vermelho e verde, que podem ser adquiridos por R$ 199,00 cada. E chegamos ao mais esquisito: uma espécie de rato popularmente conhecida como Gerbil.
Numa pequena maquete de vidro em forma de olho, eles roem os vestidos de papel vegetal e os bonecos de papel machê, tudo em miniaturas de 30cm refletido numa parede expositiva de 6m de altura por 28m de comprimento. Detalhe: as pessoas que observam os ratinhos também podem se ver no “telão”.
Se tivesse que resumir a instalação, diria que Revolver, assim como o desfile, é uma crítica ao consumo e à sociedade massificada. É uma mostra que estimula o questionamento e a reflexão do público. Mas é preciso retornar à idéia motivadora do desfile para entendermos toda a exposição.
Há poucos meses do SPFW 2004, o trio não conseguia definir o que seria produzido para o evento. Foi quando Morin surgiu como fonte inspiradora para que eles fugissem das ações óbvias e buscassem novos horizontes. O desafio era unir o gosto popular que o mercado da moda exige com um tipo de arte contemporânea que causasse estranhamento, encantamento e incômodo.
Foi assim o início da elaboração dos vestidos de papel, elemento comum, próximo a nós e descartável, cuidadosamente bordados a laser para que se tornassem únicos e desejados. O conceito por detrás da forma era de que as pessoas quisessem o cuidado e a eternidade daquelas peças diante de toda fragilidade do papel.
A destruição de tudo, tanto pelas modelos, em 2004, como pelos ratos na instalação, é a exposição máxima do caos e a ruptura com o mundo fútil da moda que traz em si valores como o consumismo, a massificação e a efemeridade, o que nos lembra a frase de Marx “tudo o que é sólido desmancha no ar”, representando a pouca duração dos elementos da vida atual e, mais que isso, a quebra das regras, dos valores existentes e não questionados que transformam os indivíduos em marionetes manipuláveis, de conteúdo igual, representados na mostra por frascos com cores que garantem a atração e têm a mesma essência: água e corante.É a produção em série de objetos e pessoas, mas colocados como se fossem exclusivos.
E o rato está ali como uma praga destrutiva que se multiplica sem controle, também representando o consumo frenético, que apesar de ser um mal para a sociedade, aparece de forma carismática e encantadora. Esses são os segredos do mercado.
Além disso, era necessário que houvesse um elemento lúdico de identificação imediata com cada espectador para que se sentissem como parte daquele universo. Daí surgiu a idéia de usar o cabelo do boneco playmobil, imagem bastante popular. Um ícone perfeito, já que também expressaria a massificação social.
E tudo é feito com reflexo e repetição que nos leva sempre de volta à mostra. É como se não houvesse saída ou solução para o consumismo ao qual nos submetemos da mesma forma que acontece no inferno de Sartre, na peça Entre Quatro Paredes, em que as personagens, por estarem submetidas ao olhar do outro, não conseguem alcançar autonomia nem liberdade. É a tal da estética, do social, que nos faz perguntar sobre “o que outros vão pensar de mim?”. E o mercado sabe muito bem como utilizar isso transformando marcas em estilos de vida.
É verdade que eu não entendi o porquê da instalação ser toda em preto e branco, com exceção apenas da parte que comporta os frascos plásticos. O que me conforta é imaginar que a platéia presente no SPFW, que aparece no vídeo (abaixo) comemorando a destruição das roupas, tenha entendido bem menos que eu. Principalmente as pessoas da primeira fileira (rrsssssssss). Diria até que elas não faziam idéia do que estavam aplaudindo. E tudo o que aconteceu de nada serviu para mudar esse público nem o evento. Como declarou Jum Nakao, no filme A Costura do Invisível, o desfile não conseguiu transformar nada ao redor. A modificação aconteceu apenas na vida de cada um dos que produziram aquela coleção.
LLL

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A concepção de atores e cenários em um único homem

Julio Adrião. Louvável. Não conseguiria traduzir, aqui, em palavras, o que este ator constrói no palco. Durante um monólogo em que encena desde a índia do corpinho perfeito até o espanhol grosseiro e assassino, Johan Padan, o narrador-personagem italiano, conta suas aventuras na peça A descoberta das Américas através de onomatopéias, palavras e expressões. Sozinho em cena. Sem nenhum objeto como auxílio.
Confesso que quando vi o título nem me interessei pelo tema. Mas até eu, típica introvertida que costuma rir só por dentro em eventos artísticos e culturais, tive de ceder à performance que se desenrolava a quatro metros da minha poltrona, com apenas um ator multiplicado em vários, lotando o palco.
E tudo começa com uma fuga de Johan que o faz entrar na caravela “de um tal de Cristóvão” e seguir para Sevilha, onde ele começa a ter contato com as primeiras frutas típicas, índios e nativas sem muitas reservas, além de presenciar, assombrado, um massacre dos colonos sobre os colonizados.
Depois de um longo período, cansado e querendo voltar para casa, consegue partir numa embarcação acompanhado de quatro amigos. Mas eis que naufragam e o jeito é utilizar uns porcos que estavam no barco como novo meio de transporte aquático, já que, segundo a personagem, são animais que bóiam e possuem senso de direção infalível.
Assim, agarrados em porcos, chegaram à Flórida! Só não contavam com os índios locais que trocariam os cinco amigos por cinco caixotes de caranguejos com uma tribo canibal, habitante de outras terras.
Mas Johan, com seus métodos malandros, consegue se livrar do caldeirão e ainda se torna o Deus do Sol e da Lua.
Idolatrado e prevendo uma futura dominação e um novo massacre, tenta catequizar cerca de cinco mil nativos que ficam eufóricos com a idéia de uma nova religião.
Fazendo algumas mudanças nas histórias bíblicas para facilitar a compreensão dos índios, Johan substituiu a maçã pela manga, a pomba do Espírito Santo por Maria e os doze apóstolos foram divididos entre seis homens e seis mulheres. A única parte que os alunos suspeitaram de possível alteração foi no momento da explicação sobre a ressurreição, esta contada sem acréscimos nem cortes.
O tempo todo é como se estivéssemos lendo um livro ou escutando um conto de fadas. A ausência de cenário desperta nossa imaginação de acordo com o que vai sendo dito, expresso pelo rosto, corpo e por ruídos.
Merecidamente vencedor do Prêmio Shell 2005 de melhor ator, Adrião possui capacidade de concentração e técnica de respiração invejáveis. Utiliza como ninguém a rapidez que a comédia exige. Um suor que lhe cai como água para fazer parte da peça nos deixando exaustos e admirados com a aula de oratória, colocando no chão qualquer cursinho do tipo “a arte de falar em público”. São construções de falas perfeitas, sem qualquer escorregão durante os noventa minutos de apresentação.
Eleva nossa consciência. Revigora nossa relação com o teatro nos mostrando quão renovadora é essa experiência, naturalmente que do lado de cá da platéia, pois, como fica claro ao final da peça, certos papéis não podem ser exercidos pelos que apenas gostam disso ou daquilo. É preciso muito mais. Talento é essencial, fundamental. E Julio Adrião tem qualidade inata para fazer teatro.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Pingando colírio com Zé Simão (as melhores de 24/05 a 19/06)

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"O Simão adorou que o Renan disse que quer ficar sozinho no seu calvário. Nem Cristo conseguiu isso. Ele ficou entre dois ladrões. Mas o Renan deve estar entre muito mais!" (31/05)

"...Aliás, a filosofia da dona Marisa é: 'Moro no mundo, passeio em casa!' O problema não é o Lula viajar. O problema é ele voltar!
(...)
E o Lula viaja tanto que vai ter uma companhia de aviação própria. Vai chamar Lulinhas Aéreas! Rarará! Com isso, sobra pro José Alencar, que agora é o presidente em exercício. Aliás, o Simão acha que ele faz exercício demais para um senhor daquela idade. O Lula é o presidente em trânsito e o Zé Alencar, presidente em exercício." (04/06)

"Buemba! Buemba! Quinta-feira é um bom dia para ir ao aeroporto! Rarará! E só se fala no conselho da nossa sinistra do turismo, a Marta Suplício, o 'relaxa e goza'. A Marta agora é a ministra do Prazer Aéreo! Rarará!
(...)
Um amigo do Simão disse o seguinte: 'Se meu vôo atrasar, vou relaxar e gozar na cortina do aeroporto.' Um casal mandou e-mail para o Simão dizendo que estavam no aeroporto quando viram o conselho da Marta. O que eles fizeram? Foram direto pro banheiro! Ainda bem que o vôo não atrasou por 9 horas! Rarará! Aí, só com Viagra! E teve uma amiga do Simão que disse que queria gozar com o comissário de bordo. 'Um boquete, por favor!'
Pior foi a Marta que pediu desculpas logo depois de ter mandado o povo 'relaxar e gozar'. Ela manda gozar e depois pede desculpas? Isso configura coito interrompido! Rarará!
(...)
Temos também a penúltima da Lucianta Gimenez, a Morenanta preferida do Zé Simão. Ontem ela estava entrevistando a Perla, aquela cantora paraguaia, no programa dela. Aí a Perla fez um desafio: ‘Lucianta, fala uma palavra terminada com ado’. E a Lucianta respondeu rapidinho: ‘Melado!’. Fala outra! ‘Quadro!’ Rarará!" (13/06)


"Continua a novela do irmão do Lula, o Vavacilão. O Simão estava escutando a gravação da PF em que se ouve ele falando: 'Ó, manda dois pau pra eu?' Depois dessa, nem precisa de exame de DNA para comprovar que ele é irmão do Lula!
(...)
Mas a verdade é que o amor é como capim. Você planta, cresce, aí vem uma vaca e acaba com tudo! Amor é assim: começa no motel e termina na pensão! O Renan Calheiros que o diga! Rarará! E se seu namorado te trair, lembre-se: não pule da janela! Você tem um par de chifres, não um par de asas!" (16/06)
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"Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!"

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O que a ciência não consegue explicar

Ilustração de Axel Scheffler sobre as idéias do grande biólogo e filósofo Rupert Sheldrake

Apesar da evolução da ciência e das modernas tecnologias que agora nos vigiam por todos os lados, continuam sem respostas situações do dia-a-dia, aquelas mais banais e corriqueiras que não conseguem encontrar explicações lógicas nos estudos e experimentos mecanicistas propostos por René Descartes (séc. XVII), para o qual tudo seria plenamente explicável pela física e química comuns.
Hoje, os cientistas assumem que não conseguem entender como os animais de estimação sabem que seus donos estão voltando para casa, mesmo sem horário ou dia certos.
O mesmo acontece com os pombos. Através de experimentos, sabe-se que estas aves retornam aos pombais sem a necessidade da existência de um ponto de referência e tampouco são orientadas pelo sol, olfato ou visão. Por isso, durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914, os belgas, franceses, italianos, alemães e britânicos utilizavam pombos para levar e trazer informações de relevância militar entre o navio (notem que navios se movimentam) e o Almirantado.
E o que dizer sobre a organização dos cupins? Há ninhos com mais de 3 metros de altura que abrigam um sofisticado jardim para fungos, cela real e um sistema bem desenvolvido de ventilação e refrigeração. Isso sem falar da produção dos arcos, que possuem colunas erguidas, uma na frente da outra, que se encurvam no ar até que as pontas se toquem, formando um círculo, e sem que as bases das colunas se encostem. Os operários de uma coluna não avistam a outra: são cegos. Como é possível?
A realidade subjetiva dos membros fantasmas, ou seja, indivíduos que são capazes de sentir as partes amputadas de seus corpos ou aquela sensação de estar sendo observado pelas costas, enfim, todas essas fazem parte de explicações que a ciência não consegue apresentar e, mais que isso, despreza os estudos sobre estes assuntos e ignora também a doutrina do vitalismo, segundo a qual os organismos vivos são realmente vivos. O fato é que certos episódios ainda estão muito além dos atuais limites da ciência.

sábado, 9 de junho de 2007

Nas palavras de quem entende

Museu de Arte Contemporânea, em Niterói.
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“Pra tudo tem que dar uma explicação. A mediocridade ativa é uma merda”. Com essa e outras, Oscar Niemeyer – A vida é um sopro aos pouco vai modelando a personalidade do genial arquiteto brasileiro que imprimiu na paisagem formas capazes de surpreender quem passa diante das enormes estruturas que, invariavelmente, se destacam no meio onde são construídas.
Em 90 minutos, o documentário conta a história dessas obras espalhadas em vários cantos do mundo, desde a sede da ONU, em Nova York, até a sede do partido comunista, em Paris.
São construções que têm o poder peculiar de representar o lugar em que são concebidas. Um exemplo disso são os táxis do Rio de Janeiro que possuem um esboço com as curvas de uma estrutura feita por Niemeyer no Estado.
Ele conta que as formas grandiosas que tanto valoriza no momento de desenhar um novo projeto são feitas para alegrar os olhos do cidadão comum, pois Oscar sabe que nem todos poderão utilizar aquele espaço, como destacou apontando para um objeto triangular grafado com as palavras “fodido não tem vez”.
O longa-metragem, além de ser uma aula de arquitetura nas palavras do próprio mestre, também conta com relatos de escritores como José Saramago, Carlos Heitor Cony e Eduardo Galeano. E, para enriquecer ainda mais, o filme mostra imagens raras de Sartre, durante uma vista a São Paulo, falando sobre o governo do cubano Fidel Castro
Também assistimos a um retrospecto sobre o início de Brasília, momento em que a vida de Oscar Niemeyer se entrelaça ainda mais com a história do Brasil.
De lá para cá, sempre tratando do mesmo assunto, ele confessa que está "um pouco cansado de falar de arquitetura. Porque as coisas se repetem, a conversa é a mesma, as perguntas são as mesmas". Fora as explicações que o público exige, por exemplo, diante da ausência de árvores na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Quanto a isso, o arquiteto explica que, por ser uma praça cívica, as árvores dariam sombra, mas esconderiam o principal: a arquitetura. Projetado da maneira que foi, o indivíduo pode ver, de qualquer canto, os três prédios (aaaaaaahhhhhhh, agora eu entendi!).
Para quem ainda não assistiu, é uma dica. Além da oportunidade de conhecermos mais sobre a história do Brasil e das pessoas que o compõe, é sempre bom escutar sobre um assunto nas palavras do próprio apaixonado.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Churchill e suas respostas...

Sir. Winston Leonard Spencer Churchill (1874-1965), uma das personalidades da história britânica, além de extensa carreira parlamentar também ficou conhecido pela alegria, otimismo e muito bom humor. Com uma garrafa de whisky por dia, pouco sono e muita leitura, ainda conquistou o Prêmio Nobel de Literatura, em 1953.
Seguem algumas frases atribuídas ao primeiro-ministro inglês:

Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:
- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos.
Resposta de Churchill:
- Por que não? Você me parece bastante saudável.
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Telegramas trocados entre Bernard Shaw (maior dramaturgo inglês do século 20) e Churchill:
Convite de Bernard Shaw para Churchill: "Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação da minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver."
Resposta de Churchill para Bernard Shaw: "Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer na primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."
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General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na batalha da África, na 2ª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
-Não fumo, não bebo e não prevarico.
Churchill ouviu o discurso e comentou com uma pessoa ao lado:
-Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.
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Bate-boca no Parlamento inglês. Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista que pediu um aparte. Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos.
Mas foi dada a palavra à deputada e ela disse em alto e bom tom:
-Sr. Ministro, se V. Exa. fosse o meu marido colocava veneno em seu café!
Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, naquele silêncio, exclamou:
-Se eu fosse o seu marido, eu tomava esse café.